Viajar sem as filhas para o lazer - como aquela "loucura" que fiz em julho e contei no
post "o dia que abandonei minhas filhas" é muito difícil, mas o sentimento que predomina é aquela culpa, né?
Culpa por deixá-las por opção, culpa por pensar em se divertir sem elas, culpa por privá-las do passeio, culpa por tirar delas, mesmo que por dois dias, a presença dos pais.
Sabemos que não é isso, que podemos e devemos ter nosso tempinho (mesmo que aqueles 50 minutinhos da massagem) pra cuidar de nós mesmas , de corpo, alma e de coração. Mas o sentimento lá no fundo é esse, não tem escapatória.
Agora...viajar sem as filhas a trabalho, nesse sentido é mais fácil pois não é por opção e nem para a diversão (a mamãe "tem" que trabalhar), então não temos culpa de nada. Revela um sentimento bem menos pesado, só que muito mais profundo... A saudade de verdade!
A saudade de estar ali por perto, a saudade de abrir a porta de casa e ver duas "bichinhas" correndo pra você, a saudade de brincar os quatro em cima da cama, já pequena para todos nós.
Mas você sai de casa, com a mala bem objetiva, disposta a encarar mais essa com força e responsabilidade (somos fortes demais, o mundo é pequeno diante da força e determinação de uma mãe), enfrenta todos os obstáculos possíveis pelo caminho (e foram muitos dessa vez!) e só consegue cumprir a tarefa por um motivo: se eu deixei as minhas filhas, foi pra trabalhar!
E, se o trabalho ocupa o nosso dia todo, trabalho em viagem ocupa ainda mais, e isso serve para nos ajudar a "passar o tempo" e ... voltar logo pra casa!
Depois de dois dias bem cheios (e muita saudade) e, com a sensação de missão cumprida, você volta pro quarto do hotel e só quer dormir logo para o relógio correr rapidinhho. E, enquanto a ansiedade não deixa o sono reinar, vou desviando meus pensamentos experimento o chinelo novo que eu comprei.
Beijokas.
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